Parentes do ciclista Alexsandro Santos Brito afirmam que ele foi vítima do caos na saúde pública. Em estado grave, Alexandro esperou mais de 24 horas por uma vaga na UTI e não resistiu.
O laudo do Instituto de Medicina Legal aponta a causa da morte, hemorragia e traumatismo craniano. Segundo a família do ciclista Alexsandro, ele poderia ter sobrevivido se tivesse recebido atendimento médico de qualidade. “Ele deveria ter sido encaminhado imediatamente, porque estava com lesões na cabeça e precisava de uma UTI. Ficou no hospital, jogado”, contou o cunhado do ciclista Marcus Polo.
Alexsandro, de 31 anos, se acidentou no domingo, dia 02, na área rural de Brazlândia. Ele participava do desafio internacional de mountain bike quando perdeu o equilíbrio numa ladeira íngreme, de alta velocidade, a mesma onde ele costumava treinar para as provas. O ciclista sofreu uma pancada forte na lateral da cabeça, região pouco protegida pelo capacete e foi levado para o alto do morro, onde recebeu os primeiros socorros até a chegada do helicóptero.
O ciclista foi levado para o Hospital de Base ao meio dia do último domingo. Depois de dar entrada no pronto socorro, ele ficou numa área reservada para politraumatizados. Só à meia noite, doze horas depois, o neurocirurgião emitiu um laudo sobre a necessidade de ele ser transferido para a UTI.
Na manhã de segunda-feira, a família procurou o Ministério Público e às 11 horas a Justiça concedeu uma liminar que autorizou a transferência do paciente para uma UTI particular. Às 15h30, a ambulância do Samu levou Alexsandro para um hospital particular e meia hora depois ele foi internado. Às 4 horas da madrugada desta quarta-feira, dia 05, ele não resistiu e morreu.
A direção do Hospital de Base não quis dar explicações nesta quarta-feira, dia 05, apenas prometeu apurar o que ocorreu com o atleta.
O enterro será hoje as 14:00 hrs no Cemitério de Taguatinga.
Fonte: dftv.globo.com
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