No Tour de France de 2008, Chris Froome terminou a prova na 84ª colocação. Cinco anos depois, chega para a celebrada 100ª edição da mais prestigiada prova do ciclismo mundial como franco-favorito. Caso vença, um novo contrato o aguarda na equipe Sky. Pelas especulações da imprensa inglesa, deverá se tornar o ciclista mais bem-pago do pelotão e vai passar a receber 4 milhões de euros por temporada.
Froome começou a andar de bicicleta no ar rarefeito de Nairobi, no Quênia, ainda adolescente. A altitude de Nairobi, talvez, o ajudou fisicamente. Em 2006, já na Europa, preparou seu caminho rumo ao ciclismo profissional. Passou a integrar a equipe Konica Minolta, venceu algumas etapas de provas na Itália e no Tour do Japão até que foi chamado para a Barloworld em 2008. O salário era baixo, as condições um tanto quanto precárias, mas a situação valia um passe para o pelotão profissional.
A mãe de Froome morreu em junho de 2008, justamente quando ele foi selecionado para disputar o Tour de France. Na época, o ciclista vivia na pequena aldeia italiana de Chiari, perto de Brescia. Tinha uma namorada sul-africana que trabalhava como modelo em Milão. Ao saber que iria para o Tour de France, Froome teria terminado o relacionamento para poder se concentrar somente na sua carreira e afirmou que iria dedicar seus esforços à mãe.
O atleta assinou seu contrato com a Sky em 2010, juntamente com seus colegas da Barloworld, Steve Cummings e Geraint Thomas. Na época, tornou-se oficialmente cidadão britânico após uma briga com a Federação de Ciclismo do Quênia. Froome sempre teve passaporte britânico porque sua mãe é britânica, mas agora ele havia se decidido pela cidadania.
Na Vuelta a Espanha de 2011, chamou atenção e, talvez, pudesse ter vencido. Mas seguiu ordens e manteve-se firme, dando tudo de si para levar o colega de equipe Bradley Wiggins à vitória. No ano passado, sua participação no Tour de France foi determinante para que Wiggins faturasse o título. Eles terminaram em primeiro e segundo no pódio em Paris, mas seu relacionamento com a Sky não seria mais o mesmo. Sabiamente, Froome contratou um agente respeitado para administrar seus interesses e garantir o seu papel como líder da equipe no Tour de France de 2013.
Enquanto Wiggins saboreava o ponto alto de sua carreira, Froome estava olhando para o futuro.
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