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Todos os dias, das 6h às 8h, o Autódromo Internacional Nelson Piquet recebe um grupo de fiéis ciclistas. No entanto a partir dessa semana, entre terça-feira e sexta-feira o horário foi estendido para até as 9 horas. Mudança que possibilitará mais uma hora de treino, ou mesmo que os ciclistas possam chegar um pouco mais tarde.
Às terças e às quartas, a média é entre 40 e 50 ciclistas que aparecem. Esses assíduos frequentadores são ciclistas e triatletas amadores e profissionais, que aproveitam a segurança do local para dar as suas pedaladas longe de pedestres, carros e ônibus. As boas condições da pista e a possibilidade de imprimir altas velocidades sem obstáculos são outras vantagens para os atletas.
Este ano, com a transferência das aulas de ciclismo da Secretaria de Esporte para o local, o número de frequentadores aumentou. Na ausência de um velódromo — que existia atrás do Estádio Mané Garrincha mas foi destruído por conta das obras da Copa de 2014 e não voltará a funcionar, de acordo com a secretaria —, o autódromo tornou-se a melhor opção para os ciclistas da cidade.
“Venho aqui (ao autódromo) umas cinco vezes por semana. A melhor coisa é o fato de não ter nada para nos atrapalhar. Pedalar na rua é muito perigoso, principalmente por causa dos ônibus e dos carros, que não nos respeitam”, reclama o advogado André Pinheiro Guimarães, 28 anos, ciclista há 12. Segundo ele, entre as opções que existem para andar de bike em Brasília, o autódromo é, definitivamente, a melhor. “No Lago Sul é legal, porque tem aquele acostamento largo. Seria ótimo se todas as ruas fossem iguais. Mas o problema é que o movimento durante a semana está intenso. Então, mesmo com aquela faixa para pedalarmos, dá uma certa insegurança”, comenta.
A pista do Parque da Cidade, de acordo com ele, também não é a mais querida entre os ciclistas devido à quantidade de pessoas que frequentam o local. “Pedalar na pista de fora é ruim, porque tem os carros e os quebra-molas. Já dentro do parque, por causa da quantidade de pessoas correndo, andando de skate, de patins, não podemos fazer treinos de velocidade. Precisamos ficar atentos para não causarmos nenhum acidente. Lá, nós que somos o perigo para os demais.”, argumenta.
“Por isso, o autódromo é a melhor opção”, resume o economista Bruno Alves, 35 anos. “Aqui, podemos treinar sem preocupação e risco de acidentes. O único ponto negativo é a monotonia. Ficar rodando sempre no mesmo lugar enjoa um pouco, porém vale a pena pela segurança que temos”, diz. Ele é um dos que desejam a ampliação do horário para pedalar no local. “Seria legal se pudéssemos vir à noite também”, afirma. Ciclista há 20 anos, o funcionário público Heleno Borges, 47, emenda: “Entendemos que a principal função do autódromo é receber eventos de automobilismo, motociclismo, mas seria ótimo se tivéssemos mais tempo para ficar por aqui”.
Segundo a assessoria da Secretaria de Esporte, a ideia é justamente essa. A atual gestão pretende conversar com os ciclistas para que seja feita uma parceria e o autódromo fique aberto por mais tempo aos atletas. O empecilho, porém, é conciliar os horários com outras atividades que são realizadas no local, como treinamento da Polícia Militar, da guarda presidencial e do Bope, além dos eventos de automobilismo e motociclismo.
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