Como é bela a magrela
Sem vela, ela baila ao sabor do vento
Sem medo, ela desliza ladeira a baixo
E quando é para subir,
Exige de nós o mais saboroso esforço,
Que termina em gotas e gostas de suor
Bailarina graciosa, leve
Faz da sua dança um jogo:
Nos velódromos, é o galgo enlouquecido
Elegante, com suas linhas suaves
Silenciosa no seu deslizar
Uma cabra das montanhas,
Que escala, cala e mergulha no abismo...
Fria, cruza a linha da vitória...
Como uma serpente, sibila
e requer cuidado, calor, energia
para que a caça possa ser proveitosa;
Cobra, cobra inteligência;
Cobra das estradas, fuga em sol maior...
Polida, colorida, quieta no seu canto
Aguarda a próxima saída.
Quem foi que deu as rodas
A esta fêmea das estradas.
Robson Corrêa de Araújo (2003)
Araújo, R.C. Azul no branco. Editora do autor, 2003
Araújo, R.C. Azul no branco. Editora do autor, 2003
Enviado por Renato André
Nenhum comentário:
Postar um comentário