quarta-feira, 10 de outubro de 2012

VOLTA DE SÃO PAULO: RAFAEL RIBEIRO ( MEMORIAL SANTOS) É O REPRESENTANTE DE BRASILIA NA COMPETIÇÃO

A principal competição brasileira de ciclismo segue os moldes da maior e mais cobiçada disputa do mundo: o Tour de France. Pelas estradas do interior paulista, as equipes participantes do Tour do Brasil enfrentarão o desafio de percorrer 952 km em oito dias a partir de domingo. Comparado aos 3.497 km divididos em 23 dias da última edição da prova francesa, a versão nacional pode ter sua importância ou grau de dificuldade diminuídos. Mas a presença dos principais atletas da categoria elite e sub-23 faz do Tour Brasil um sonho de consumo dos ciclistas do país.




Foto: Conheça o único brasiliense que disputará a 9ª edição do Tour do Brasil, a principal competição brasileira de ciclismo. Sem equipes de ponta na cidade e com pouco investimento no esporte, Rafael Borges teve de se unir a um time santista para realizar o sonho de participar da prova. Nas estradas paulistas, ele poderá sentir, ao menos um pouco, o desafio que é encarar a maior competição do mundo, o Tour de France. Vamos torcer por ele!

Foto: Breno Fortes

http://www.df.superesportes.com.br/app/noticias/mais-esportes/2012/10/10/noticia_maisesportes,37611/tour-de-france-versao-nacional.shtml

O nível de exigência é alto. A participação é restrita às 12 melhores equipes do ranking brasileiro, mais dois times convidados e nove estrangeiros. Entre os 184 atletas inscritos nesta edição, apenas Rafael Borges, de 30 anos, carrega a bandeira candanga. “Há três anos, tento participar, mas sempre tenho um problema. Acredito que todo ciclista planeja correr na prova mais importante do Brasil”, comemora o brasiliense, que integra a equipe Memorial/Santos, campeã em 2004, na primeira edição do tour. Rafael teve como contratempo mais sério um acidente de moto, ocorrido em 2010, a uma semana da competição, que obrigou o atleta a se submeter a uma cirurgia no joelho. Hoje, ele só lamenta a falta de mais competidores de Brasília.

“Claro que estou muito feliz de estar em uma equipe de fora, afinal, estava buscando essa oportunidade havia muito tempo. Mas, por outro lado, fico triste. A minha vontade era de correr com bons atletas daqui.”

A ausência dos candangos, observa Rafael, explica-se pela falta de condições oferecidas na cidade. “Atleta profissional ganha salário, tem estrutura e todo o apoio que o alto rendimento exige, o que não temos em Brasília. Para disputar importantes competições, temos de entrar em equipes de fora. Quem não quiser se mudar, fica alojado na região por um tempo antes das provas”, afirma ele, que mantém em paralelo os trabalhos de professor de ciclismo e representante comercial.

Preparação
Longe dos companheiros de equipe, Rafael escolheu as estradas mais próximas de Brasília, como as que ligam a capital a Alexânia e Formosa, para realizar treinos de resistência. Além disso, ele recorreu a alguns amigos para realizar o trás-moto, técnica em que um motociclista simula o trabalho do pelotão e segue da frente para dar ritmo e aumentar a velocidade do treino. Ao todo, em uma semana, o ciclista chegou a percorrer 860 km.

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